Parabéns ao Time brasileiro feminino que ao
vencer na categoria feminina o 51o. Campeonato Sul Americano realizado no Hotel
Portales, na alta atitude de Cochabamba na Bolívia, consegue a única vaga sul
americana para o mundial feminino de 2001 em Bali na Indonésia.
Da esquerda
para a
direita:
Heloisa Nogueira,
Isabella Vargas,
Agota
Mandelot,
Ana Assumpção e
Leda Leme Pain,
e ao
fundo a
bandeira brasileira
infelizmente
colocada de
ponta
cabeça.
Segundo Agota, esposa do campeão brasileiro de bridge
Pedro Mandelot, o hotel era muito agradável, barato e com bom serviço, o que
abrilhantou o evento.
As duplas brasileiras eram: Agota Mandelot e Leda
Dulce Leme Pain, Heloisa Nogueira e Ana Maria Assumpção e as cariocas Isabella
Vargas Andarde e Sylvia Figueira de Mello, porém com o infortúnio do falecimento
de Gustavão, pai de Sylvia Mello, esta voltou ao Rio e não pode jogar a fase
final do campeonato. No entanto a dupla Isabella Vargas e Sylvia Mello (Tubiska)
jogou muito bem na fase classificatória. Sylvinha é considerada uma das melhores
jogadoras brasileiras, é irmã do campeão mundial Roberto Mello, e foi parceira
do campeão Zé Barbosa, tido como um dos mais fortes jogadores de bridge do Rio
de Janeiro.
As irmãs Heloisa e Ana, são em São Paulo uma dupla
feminina muito forte, pois jogam juntas há muito tempo. Ana é esposa do campeão
mundial Pedro Paulo Assumpção e Heloisa Nogueira é esposa de Ruy Nogueira Filho,
forte jogador de bridge rodado no clube Harmonia.
A dupla Agota e Leda é
recente. Ambas têm muita experiência em bridge, porém há um destaque para Agota,
pois já venceu o Sul Americano por 11 vezes. Agota é filha do saudoso engenheiro
húngaro Ferenc Szarvas, que foi forte jogador de bridge rodado aqui em São
Paulo, e que em 1930 teve a primazia de participar na Europa do primeiro torneio
mundial de mãos preparadas.
Na fase classificatória o time
brasileiro feminino, ao contrário do time masculino que liderou o round-robin de
ponta a ponta, não foi bem e terminou em terceiro.
No masculino, o
Brasil na semi final enfrentou e massacrou o Chile, entrando como favorito na
final contra a Argentina que vencera o Uruguai. Porém deu Argentina para espanto
dos brasileiros que acompanharam as notícias de longe.
No feminino, o
Brasil enfrentou o Chile, enquanto que a Argentina enfrentou o Uruguai. Num jogo
bem disputado o time brasileiro feminino passou para a final para enfrentar o
forte time feminino argentino.
A final foi duríssima, porém o time de
Agota venceu por 18 pontos de vantagem, dando a Leda seu primeiro título de
campeã sul americana de bridge.
O time feminino da Argentina
foi:
MALENA IACAPRARO
CHARO GARATEGUY
GLORIA ROSENFELD
SILVIA
BOLDT
AMANDA SALAMANCA
SUSANA VILA SÁNCHEZ
Capitã: CRISTINA
ANTONINI
Veja a foto do feminino da
Argentina aqui
Veja outra foto do feminino brasileiro
aqui
Veja foto da dupla Agota e Leda em ação
aqui
Agota não esquece da pitoresca bolsa contra o
Chile:
AK K9 10842 A10943 942 7653 J8 Q742 A63 KQ975 KJ865 - QJ108 A10653 J Q72 |
Leilão: Este Norte (Agota)
Oeste Sul (Leda) todos
Vul
passo
1ST
passo 2
dobro redobro
passo
passo
passo
saída J
Agota comentou que embora não jogue 1ST fraco, mas sim de 15-17, rasgou
as convenções e abriu de 1ST com 14 pontos em cartas altas na distribuição
5-4-2-2. A chilena em Oeste dobrou 2 para pedir saída e
teve azar de encontrar as 8 cartas restantes de Paus com seus oponentes que além
disso tinham 24 pontos na linha e poderiam ter até mais pontos em cartas
altas.
Como ela, e principalmente sua parceira, agüentaram esse redobre
não sabemos, pois 2 Ouros seria um bom jogo para E-O, talvez 2 abaixo, embora o
ideal fosse ver N-S cartear 3ST que dá 5 vazas na saída. A saída de
completou o insucesso da bolsa para o time
chileno e a sorte para o time brasileiro que fez 1560 pontos ao cumprir o
contrato com duas vazas a mais.
É claro que num jogo. bem disputado como
estava. uma situação dessas decide a classificação de um time. Que fique aqui uma
lição para aqueles que dobram o meio do leilão para indicar uma saída e esquecem
que podem não ter as vazas necessárias para agüentar um eventual
redobre.
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