O engenheiro Karl Schneider nasceu em 1904
em Viena e
se tornou campeão mundial em 1937, naquele tempo em
que o sistema austríaco era um dos mais apurados e seus
jogadores, a exemplo de Schneider, estavam entre os mais
famosos e brilhantes da época.
Schneider participou de disputas internacionais até 1957,
e curiosamente ficou muito em evidência quando carteou este
"bate-cabeça" com absoluta precisão pois seu carteio foi
publicada em quase todos as colunas de bridge da época.
Norte
KQ6
-
J97
AK98765
Sul
A108632
QJ9
A86
2
Análise: Após a saída de K
cortada na mesa, está claro que com trunfos 2 a 2 e Paus 3 a 2 o correto é
jogar Paus para o Ás, cortar um Paus e depois entrar na mesa para realizar o
K
e Q que os Paus estarão
firmes com a batida do K.
Portanto a mão nessas condições faz 7.
No entanto, vejamos as probabilidades de distribuição:
Paus 3 a 2 é cerca de 68% e se os Paus estiverem 4 a 1 será um milagre fazer
12 vazas;
Espadas 2 a 2 cerca de 41% contra cerca de 50% de estarem 3 a 1.
Portanto o problema consiste jogar considerando Espadas 3 a 1 e também 2 a 2.
A armadilha dessa mão está em induzir o carteador a querer fazer uma finesse
de
corte em Copas para promover seu J,
mas nessa linha não há solução para ganhar
contra J9x em Oeste.
Schneider viu a solução:
vaza1: cortou o K na
mesa;
vaza2: bateu o A;
vaza3: bateu o K e
baldou o J!
vaza4: puxou Paus da mesa e quando Este serviu o último Paus alto, cortou de
A!
vaza5: jogou Espadas para o K
da mesa e jogou Paus firmes baldando Q!
Oeste
que tinha inicialmente J94
cortou Paus bateu o A
mas Schneirder
já
tinha se desfeito de todas as Copas e cortou na mão e jogou Espadas
para a
Q
do morto tirando assim o último trunfo adversário para fazer
agora
todas os Paus firmes.