TORNEIO DE NATAL 2003 DO BRIDGE CLUB
PAULISTANO
Foi realizado em 12 de dezembro o tradicional torneio de Natal confraternizando
os bridgistas do clube com um coquetel iniciado às 20h. e uma ceia às 24h.
após o torneio. O clube viveu uma noite festiva e teve inclusive a presença
dos simpáticos e forte jogadores, Peixotão do Rio de Janeiro e Amoedo de
Salvador na Bahia.
Em N-S a vitória disparada coube ao casal Marilu e Marcelo, que fizeram a
excepcional porcentagem de 67,78% ficando em segundo Robertinho Sasson (o famoso
super junior pois ganhou um campeonato de junior há mais de 20 anos atrás) e João
Mauro Nicolleti que jogaram muito e fizeram jus a cesta de Natal do segundo lugar.
Em E-O a vitória coube a dupla dos campeões Miguel e Manoel Peirão,
suplantaram a dupla incógnita de Carlão e Dr. Ganc, este último repetindo o
segundo lugar conseguido em 2002.
Infelizmente nossa câmara digital estava com o foco regulado para 20cm e mais
de 30 fotos do evento ficaram perdidas, totalmente desfocadas.
Veja a classificação do torneio abaixo:
NORTE-SUL
ESTE-OESTE
01) Marilu e Marcelo Amaral
67,78% 01) Miguel V.Boas e Manoel Peirão
63,33%
02) R. Sasson e J.
Mauro
61,51% 02) Arnaldo Ganc e Carlos
Salgado 62,22%
03) Lúcia Dória e Lis
G.
59,97% 03) Rafael Amoedo e G.
Junqueira 56,39%
04) Daisy K. e Stefan
B.
56,67% 04) Mônica J. e Abraham Shor
55,83%
05) Irene G. e Susanne Menck
55,28% 05) João Paulo e S.
Aranha
53,98%
06) Lia T. e Luís della
Nina
54,72% 06) J. Nader e M.
Toma
52,22%
07) Gerty G. e Lúcia Gil
53,58% 07) Beth e Lena
51,54%
08) Rosa e Federico
K.
52,78% 08) Macri e
Daniel
51,54%
09) Cidinha e Ciro
N.
49.44% 09) Erwin e Xaninho
50,03%
10) Felipe e Tutinha
48,52% 10) Ralf C. e Jacob
G.
50,00%
11) Agota e Pedro Mandelot
48,14% 11) J. Serra e Jacques Hazan
49,17%
12) Ernesto D. e S. Peixoto
47,50% 12) Marina A. e Gabriele
49,08%
13) Iris e Andras Vasarhelyi
45,92% 13) Zaira K. e J. Dib
47,22%
14) Laurita e Dirce
C.
45,56% 14) Alcio M. e Fernando
A.
45,28%
14) Sonia L. e Myriam
S.
45,56% 14) Santa e Jair Lafratta
45,28%
16) M. Cecília e Marilia
45,00% 16) Ana A. e Reynaldo
C.
43,89%
17) Julia J. e Clarinha
H.
38,74% 17) C. Sampaio e Eliana
Souza 43,80%
18) Rosani e Célia
R.
38,61% 18) Kyra e Walter Ursine
43,08%
19) Renata e Fabricio
34,72% 19) Vera D. e Creusa
F.
37,50%
Uma bolsa interessante e instrutiva que recordamos foi este puxado 3ST:
Médico
xx
Ninguém vulnerável e o Leilão foi:
K108x
ESTE SUl OESTE NORTE
K8xx
1 passo 1
passo
Axx
1ST passo 2ST passo
J98xx O
Qxx
3ST passo passo passo
Jx
S N AQxx
obs. a abertura em 1 foi mais um equivoco do
Abridor
Q10x
E xxx
A saída foi 7 que sugeria 5 cartas de Espadas.
J108
Kxx
Carlão
Análise: quando nos deparamos num contrato muito puxado
AKx
devemos assumir alguns pressupostos necessários para o
97x
contrato ser factível de ser cumprido. No caso há 3 cartas
AJ9
chaves: o A, o K
e a Q.
Q9xx
Ou seja, podemos supor o contrato feito fazendo 9 vazas:
caso1) 2 vazas de Espadas, 4 vazas de Ouros (cassando Q e 10), 3 de Paus (Rei
bem
colocado e naipe 3 a 3 ou aparecendo alguma hipótese de queda de J ou 10
surgindo alguma situação de finesse caso o naipe esteja 4 a 2.
caso2) 2 vazas de Espadas, 2 vazas de Ouros, 2 vazas de Copas e 3 vazas de Paus;
caso3) 2 vazas de Espadas, 2 vazas Copas, 1 vaza de Paus e 4 vazas de Ouros.
Outro fato a ser analisado é que se as Espadas estiverem realmente 5 a 3,
devemos
supor a mão que tem 5 cartas de Espadas como fraca, pois não deu overcall.
Nesse
caso aqui a fraqueza do naipe naipe de Espadas já justifica o não overcall.
Se
o naipe
estiver 4 a 4 considerando que vamos ceder 2 vazas de Espadas, 2 de Copas e
uma em potencial de Paus o carteio fica até mais difícil. Portanto não é muito
claro o que
jogar primeiro, mas devemos assumir que o Ás de Copas não deve estar com o
Saidor
e que o Saidor (SUL) tem que ter uma, e somente uma, honra de Copas.
vaza1 - A ganha a vaza da Q;
vaza2 - ESTE joga o 7
que perde para Q de
NORTE;
vaza3 - NORTE retorna o 10 (sugerindo 3
cartas), ESTE fia e SUL cobre de J;
vaza4 - SUL joga o 9 (sugerindo volta em Ouros
?), NORTE serve e ESTE faz o K;
vaza5 - ESTE joga o 9, SUl cobre de J
e NORTE ao invés de fiar entrou de A;
vaza6 - NORTE joga pequeno Ouros e aqui devemos meditar um pouco:
Se NORTE tivesse fiado Copas teríamos alguns problemas de comunicação,
e agora com essa volta de Ouros o oponente mostra que teme em voltar
Paus e não deve ter nada em Ouros, pois este foi nosso naipe de abertura!
Nossa presença na mesa deve procurar entender o plano dos
oponentes que defendem
o contrato para ver através deste plano como as cartas estão segundo a óptica
deles!!
vaza6 - continuação - portanto devemos preservar uma entrada na mão para não
jogar
mais pelos Ouros e jogar pelos Paus, logo ESTE serve o 9
e SUL cobre de 10
e a vaza é ganha pelo K;
vaza7 - A é jogado e SUL serve o J,
e como se for KJ seco. Seria o caso de se fazer agora
a finesse de Ouros (?) esperando por Ouros 3 a 3, mas se fosse isso NORTE teria
antes jogado Paus e não Ouros!
vaza8 - o Carteador puxa Paus do morto e NORTE erra ao entrar de Rei estragando
a tentativa
de SUL de confundir o Carteador. SUL serve o
8;
vaza9 - NORTE joga Ouros, como realmente querendo dar a mão ao parceiro,
portanto o
problema aqui é saber se estamos diante de um grande blefe de quem tem a Q
terceira ou se realmente a defesa entende que é por aí ... ESTE faz o A.
Agora o problema se resume em fazer ou não a finesse de Paus e como a tentativa
de SUL em
querer fazer uma jogada deceptiva com o J não
tem sentido para o Carteador que depende
da boa colocação do K na sua linha de
carteio, está claro que SUL deveria ter servido o J
na
segunda carta, para criar uma hipótese de finesse, ao perceber que a jogada do
Carteador indica a
posse da Q e a possibilidade de ter também o 9.
O Carteador irá bater duas Copas forçando SUL a baldar (SUL poderia ter 4
cartas de Ouros) suas duas
cartas firmes de Espadas e haveria ainda a dúvida se o naipe de Ouros estaria 4 a
2 ou 3 a 3, porém a tentativa da jogada deceptiva feita por SUL não foi
consistente e o Carteador optou certo pelo naipe de Paus 3 a 3, pois essa jogada
feita de J ao se bater o A
não se aplica aqui.
Ou seja, como vemos, houve pouca concentração na defesa, que não entendeu
direito o problema do Carteador e este foi bem sucedido ao ser orientado pela
defesa!
/ / /